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Desperdício

A lagoa vinda do Teatro Lauro Monte

Foto: Regy Carte

Água proveniente do Teatro Lauro Monte alaga rua do Centro de Mossoró

Quem regularmente transita de manhã na Rua Dr. Almeida Castro, Centro de Mossoró, próximo aos Correios, já se habituou ao aguaceiro a inundar parte da via. É cena de desperdício comum e antiga, relatam flanelinhas da área.

Como é água transparente, presume-se ser da rede de abastecimento, gerida pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Mas não. Vem do Teatro Estadual Lauro Monte Filho, antigo Cine Cid.

Por volta das 8h40 de hoje, o blog testemunhou o jorro de água, advindo de cano do teatro, a alagar parte da rua. A “lagoa” permanece por horas , até ser sugada pela rede de drenagem e evaporada pelo sol. Dias depois, ressurge.

Além do desperdício, a água empossada provoca transtornos a condutores e a pedestres. Associada ao trânsito, aumenta o desgaste do asfalto. Do ponto de vista urbanístico, transmite péssima imagem. Entre outros aspectos.

 

 

Água do subsolo

Procurado pelo blog, o diretor do Teatro Lauro Monte, padre Guimarães Neto, conta lembrar-se da época da inauguração do Cine Cid, em 1965, quando se dizia que, no subsolo de Mossoró, corria “rio caudaloso”.

E, em cima deste “rio”, está o teatro.

“Tanto que o prédio é construído em formato de ponte. É um problema desde a inauguração do Cine Cid. É uma condição estrutural e natural. A água existe e, vez por outra, precisa sair”, diz Guimarães, que considera o problema de difícil solução.

Ele isenta a Caern de responsabilidade e conclama apoio. “A gente faz o que pode, mas não pode fazer tudo. Inclusive, se alguém, da área de engenharia, por exemplo, tiver sugestão, fique à vontade para apresentá-la”, conclui Guimarães.

 

Nota do editorDados do Ranking do Saneamento, divulgados em 2022 pelo Instituto Terra Brasil e pela GO Associados, revelam que cerca de 35 milhões de brasileiros – 5,5 milhões nas 100 maiores cidades do País –, não têm acesso à água potável. Portanto, o desperdício de água, tal qual o revelado neste post, é inaceitável e absurdo. Que os responsáveis encontrem solução.

 

 

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