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Articulação

Bom senso em meio ao tumulto na Câmara

Foto: Edilberto Barros | CMM

Lawrence, hoje (9), dialoga para contornar crise: voz ouvida

Hoje (9) foi um dos dias mais tensos da história da Câmara Municipal de Mossoró. Projetos polêmicos em pauta, ânimos políticos acirrados. Galerias e corredores superlotados de servidores, hostilidade no ar. Até aí normal no Parlamento, não fosse a invasão ao plenário da Casa. Dezenas de manifestantes ocuparam o espaço, na marra. O ato poderia ter consequências violentas, mas prevaleceu, ao final, o bom senso.

Justiça seja feita: o desfecho pacífico se deve, em grande parte, à atuação equilibrada do presidente da Câmara, Lawrence Amorim. Ao dosar firmeza e tranquilidade, ele conseguiu dois feitos fundamentais para evitar o pior: por um lado, impôs autoridade para preservação do patrimônio da Casa e da integridade das pessoas; por outro, conferiu a sensatez para costura do acordo, que permitiu o retorno à normalidade.

Tão logo os manifestantes invadiram o plenário, o presidente suspendeu a sessão, ancorado no Regimento Interno, por grave tumulto. Não bateu boca com servidores nem tomou partido. Firme, contudo, exigiu respeito ao Parlamento. Não convocou Polícia nem Guarda Civil para retirar ninguém. Os servidores fizeram o protesto como bem entenderam, enquanto, na Sala de Reuniões, fluía o diálogo em busca de solução.

À mesa de negociação, vereadores, representantes da Prefeitura e de servidores negociavam uma saída. No gabinete da Presidência, Lawrence avaliava a crise, ouvindo todos, como do seu feitio. Feito o diagnóstico da situação, sentou-se à mesa com os demais. Ponderou: não havia clima para intransigência, era preciso ceder. Todas as partes. Ou o desfecho seria imprevisível. Foi ouvido, e emergiu o consenso.

Projetos foram retirados de pauta, outros votados. Após quase uma hora e meia de ocupação, os servidores esvaziaram o plenário e as galerias, pacificamente. A sessão recomeçou e a Câmara aprovou três (e relevantes) projetos. Saldo positivo para um dia que parecia perdido, mas salvo – repito, em grande parte – graças à condução racional do presidente, que agiu como árbitro. Mais um ponto para Lawrence Amorim.

Presidente hoje (9), entre os vereadores Genilson e Pablo, medeia situação e oposição (foto: Edilberto Barros/CMM))

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