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Foragidos

Polícia procura vice-prefeita e vereador de João Dias

Foto: Reprodução

Damária e Laete Jácome foram afastados dos cargos

A Justiça determinou o afastamento dos cargos por 180 dias da vice-prefeita de João Dias, Damária Jácome (PP), e do pai dela, presidente da Câmara do município, Laete Jácome (PP). A decisão resulta de denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN).

Além do afastamento, a Justiça decretou as prisões preventivas dos políticos, que são considerados foragidos e procurados pela polícia. Também são réus em ação penal, porque o Poder Judiciário recebeu denúncia do Ministério Público.

O MPRN disponibiliza o Disque Gaeco (84) 98863-4585 e o e-mail denuncia@mprn.mp.br para quem tiver informações sobre o paradeiro de Laete e Damária Jácome. O sigilo é garantido pelo MPRN.

Extorsão

Na denúncia, o MPRN acusa pai e filha de crime de extorsão contra o prefeito Francisco Damião de Oliveira, conhecido politicamente como Marcelo Oliveira. O prefeito, eleito em 2020, temendo pelas ameaças da vice-prefeita e do presidente da Câmara, renunciou em 27 de julho de 2021.

Além da vice-prefeita e do presidente da Câmara, as ameaças sofridas pelo prefeito eleito eram feitas por três irmãos dela. Dois deles morreram em confronto com a polícia durante o cumprimento de mandados de prisão, em outubro de 2021. Outro está preso.

As ameaças de morte eram dirigidas ao prefeito e à família dele, segundo o Ministério Público. Em outubro passado, após o prefeito eleito entrar com pedido para retomar o cargo, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte determinou o retorno dele à chefia da gestão de João Dias.

 

Operação investiga crimes de políticos

 

O crime de extorsão cometido pelo núcleo familiar é investigado pelo Ministério Público na operação Omertà. O MPRN também apura o envolvimento da família Jácome em outros crimes.

Segunda-feira (19), o MPRN deflagrou a operação Omertà II, com o objetivo de combater o crime de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes, com várias movimentações bancárias em empresas de fachada.

A Justiça determinou o sequestro de R$ 1.770.090 de integrantes do grupo investigado. A ação cumpriu dois mandados de prisão e outros seis, de busca e apreensão no RN, e ainda nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Omertà II

A operação Omertà II apura o envolvimento do grupo investigado com lavagem de dinheiro, entre outros crimes. A pedido do MPRN, a Justiça potiguar determinou o sequestro de R$ 1.770.090 de integrantes do grupo investigado na operação Omertà II. A ação foi deflagrada na segunda-feira (19).

De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros crimes, com várias movimentações bancárias em empresas de fachada.

Uma dessas empresas é uma revendedora de veículos da cidade potiguar de Água Nova, que não possui mais do que 3.500 habitantes. Essa revendedora possui apenas um veículo cadastrado junto ao Detran/RN, mesmo tendo movimentado mais de R$ 6 milhões em apenas 2 anos.

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