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Investigação

Quem mandava ‘furar fila’ na saúde de Natal?

Foto: Divulgação | MPRN

Documentos aprendidos, hoje, na operação Bom Samaritano

A operação Bom Samaritano, deflagrada hoje (8) pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), prendeu preventivamente um servidor da Secretaria Municipal de Saúde de Natal.

Outras três pessoas também estão proibidas de exercerem funções públicas. O MPRN apura suposto esquema de “fura fila” na rede pública de Saúde de Natal.

Há suspeitas que o grupo recebia dinheiro indevido em troca da marcação de consultas e procedimentos médicos no Sistema Nacional de Regulação (Sisreg). Muitos dos beneficiados sequer eram moradores de Natal.

Segundo o MPRN, tais servidores “realizavam tais marcações mediante pedidos de políticos municipais ou estaduais”.

Diante dessa informação, cabem questionamentos: quem são os políticos mandantes das marcações de consultas e outros procedimentos médicos? Estão sendo investigados? A culpa recairá só contra os servidores, que, na ponta, provavelmente executavam ordens vindas de cima?

São respostas que deve exigir a sociedade potiguar e que cabem às autoridades competentes fornecê-las.

Porque, na corrupção, há relação entre corruptor e corrupto. Isto é, quem corrompe e quem se deixa corromper. E todos precisam ser punidos, do peixe grande à arraia miúda.

Chega dessa nefasta ingerência política na saúde pública, na perversa modalidade “fura fila”. Em troca de votos e dinheiro, esse modelo corrupto e perverso privilegia apaniguados políticos e deixa morrer à míngua quem igualmente necessita de consulta, exames, cirurgias, mas sem acesso ao (à) poderoso (a) de plantão.

O MPRN assegura que “prossegue com as investigações acerca de outros servidores da SMS de Natal e de municípios do interior, bem como agentes políticos, que teriam participado desse esquema criminoso”.

Aguardemos, pois.

 

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